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6 de outubro de 2013

Mundo Daltônico


Talvez seja eu um cavalheiro solitário
Talvez meu cavalo esteja acompanhado
Talvez não esteja do meu lado
Talvez não esteja, meu cavalo, solitário...

A imensidão do mar é a solidão
Meu caminhar sem luar, a escuridão
Vivo meio por viver, pulsar do coração
Já cansado de bater, no peito sem razão.

No jardim as rosas brancas e negras
Pensamento nesta áfrica de pelejas
Escravos libertos, Isabel senhora realeza
Negros invisíveis, lágrimas reais e tristezas.

Documentos importantes
Em gavetas esquecidos
Mártires imaculados
Pelo gueto flagelado.

O mandamento de Hitler
Diante do olhar atônito
A coragem de Guevara
No campo de batalha, revolucionário morto
A fome no país da agricultura
A clonagem e o aborto
Eu e meu cavalo solitário
Neste meu mundo daltônico.


Marcelo Zacarelli
Itaquaquecetuba, Março de 2002 no dia 22



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