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12 de fevereiro de 2013

As Lágrimas do Sol

Fernanda Villarim

Há tempos caminhamos pela escuridão
Nossas faces escameadas pela ignorância
Ensandecidas, suam ao golpe do tempo...
Você acredita o tanto quanto eu,
Pois somos guiados pelo coração
Traídos pelo sangue dos antepassados;

As lágrimas do sol
Não se esgotarão até que a noite vire o dia.


Até aonde poderemos chegar?
Há um rebanho de envaidecidos
Eles acreditam na luz através da escuridão;
A cada golpe de navalha da própria consciência
Eles cortam a carne a sangue frio
E a venda segue tapando as pupilas;

Você pode escolher o mistério através dos meus olhos
Os abutres rodeiam a carne abaixo do céu...
Eles não vão parar até que caiam as lágrimas do sol;

As lágrimas do sol
Não se esgotarão até que a noite vire o dia.

Lamas de sangue terão que atravessar
Irmãos indefesos como aves abatidas
Matar ou morrer a guerra fria nos ensina;
O futuro estará comprometido
O sol dará a sua face negra
Eles não descansarão até que a noite vire o dia.


Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Village, Fevereiro de 2013 no dia 08.


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