Na senzala , meu corpo
Negro imaculado , execrado
Violentado pelo medo exagerado
Pelo sangue derramado .
Padece sem culpa
Pela cor escolhida por Deus
Pela vaidade de capatazes ateu
Dona Isabel um pouco tarde apareceu .
Meu sangue também é vermelho
Assim parecido com o teu
O mesmo que Jesus derramou na cruz
Quando por ti e por mim padeceu .
No cativeiro irracional
A morte velava o negrume
A noite era testemunha do açoite
De negros amordaçados e imunes .
Naquele ano em 13 de maio
Expirou-se a escravidão
Não se sabe até hoje a verdade
Se das mãos de uma mulher
Nasceu a tão sonhada liberdade .
Escrito por zacarelli 27/agosto/2002
Itaquaquecetuba ( sp )
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