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12 de fevereiro de 2013

Epitáfio II

Campa de Jim Morrison

A velha campa escassa, úmida de pouca pintura
Guardava um segredo em seu útero sombrio
Um epitáfio de poesia surrealista
A alma de um poeta que ali jazia...
O duro inverno a congelava
Mais da alma e menos do corpo que não mais existia;

Paro em frente e testemunho um silêncio que é só meu
Absurdo mas propício para o dia...
Tento entender a minha subsistência
O meu eu que ali se tornou esquecimento
Lágrimas não me trarão a sínica heresia;

Nem um sorriso sincero de uma boca desprovida
Quantos sóis e jardins verdes. Menos vida...
Tento me afastar daquilo que me restou
Da metamorfose que me é cabida;
Levo comigo o ódio que me tornou
E o amor em epitáfio como poesia.


Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Março de 2012 no dia 15.




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