Cremilda Ribeiro |
Navio negreiro, que flutuas no oceano...
A caminho da América pesarosa em teu seio
Vestido de negrume és incólume cargueiro
De escravos humilhados, exilados e profanos.
Que conduzem a negraria sem destino e sem
porte
Húmiles negroides entregues a própria sorte
Infelizes algemados destas dores sois amantes.
És vitima deste negreiro que transporta
sofrimento
Do necrófago oceano, torturado e quase morto!
Sepultado sobre as águas sem piedade e sem
respeito.
Esquecidos na estante, escrevinhados nesta história!
Por sua pele cor negrume, e cabelo esdrúxulo!
Falso júri de vaidade notória
Ignoram o testemunho de um negro sem memória.
Itaquaquecetuba Abril de 2002 no dia 29.
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